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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Férias


Férias, quer dizer todos os A NOGUEIRA!!!

Os que estão longe vão passar alguns dias a esta bela terra e eu serei uma dessas pessoas.

Saudades e até breve

domingo, 21 de junho de 2009

Poema a Nogueira


Sou Nogueirense e tenho orgulho em ser daqui,

Terra mais linda não vi ainda,

eu nunca vi


Nos lindos montes,

nas tuas fontes quero beber,


E no teu solo, lindo eu rebolo, quero aquecer.

Bela Nogueira,

terra linda e abençoada,


Que eu trago sempre gravada dentro do meu coração,

Terra formosa,

desta pátria tão ditosa


Quem és tu ó Nogueira, quem és tu terra ideal

És o “ricão” mais belo de Portugal.


A tua Gente que bem sente como ninguém,

Sabe cantar, sabe rezar, porque alma tem,


Gente que reza e sem tristeza esmaga a vida,

Nas duras vinhas, cavando terra lá ganha a vida

sábado, 20 de junho de 2009


Freguesias

Freguesias do concelho de Vila Real
O concelho de Vila Real é composto por 30 freguesias, 3 das quais consideradas urbanas:
Abaças
Adoufe
Andrães
Arroios (periurbana)
Borbela (periurbana)
Campeã
Constantim (periurbana)
Ermida
Folhadela (periurbana)
Guiães
Justes
Lamares
Lamas de Olo
Lordelo (periurbana)
Mateus (periurbana)
Mondrões
Mouçós
Nogueira
Nossa Senhora da Conceição (urbana)
Parada de Cunhos (periurbana)
Pena
Quintã
São Dinis (urbana)
São Pedro (urbana)
São Tomé do Castelo
Torgueda
Vale de Nogueiras
Vila Cova
Vila Marim
Vilarinho de Samardã


Ilustres de Vila Real
Carvalho Araújo (1881-1918)
Diogo Cão
Alves Roçadas (1865-1926)
Monsenhor Jerónimo Amaral (1859-1944)
Almeida Lucena (1836-1874)
Aureliano de Almeida Barrigas (1890-1948)
Simão Sabrosa (1979-)
Miguel Torga
Pedro Passos Coelho

Serra do Marão


Serra do Marão é a sexta maior elevação de Portugal Continental, com 1415 m de altitude e 689 m de proeminência topográfica. Situa-se na região de transição do Douro Litoral para o Alto Douro.
No ponto mais alto encontra-se o
vértice geodésico do Marão e o Observatório Astronómico do Marão.
A sua inércia confere ao clima do interior transmontano um carácter mais continental. Apresenta uma boa mancha vegetal, embora sejam frequentes os incêndios de Verão, essencialmente constituída por
pinheiros. A vinha é a cultura dominante nas zonas habitadas das suas encostas meridionais.
Geologicamente é composta ou por largas manchas
xistosas ou graníticas, existindo na zona da localidade de Campanhó uma pequena bolsa calcária, que é explorada para fins agrícolas (para correcção da acidez dos solos).
Ao longo da serra encontram-se diversas instalações abandonadas da exploração de minas de
volfrâmio que tiveram o seu auge nos tempos da Segunda Guerra Mundial.
Grandioso obstáculo natural, atrasou de forma significativa o progresso do Interior Trasmontano até ao século XIX. Contornado-o pelo Sul, a
Linha do Douro afigurou-se a via mais rápida para ultrapassar o Marão desde a década de 1880, para onde convergiram outras vias-férreas paralelas ao Marão, garantindo um fluxo de passageiros e mercadorias contínuo. Com a chegada da EN15, a situação pouco mudou, dadas as características de estrada de montanha sinuosa que esta representa ainda hoje. O IP4 foi a primeira rodovia a marcar de forma visível uma mudança no acesso entre Trás-os-Montes e o Litoral, mas devido ao seu traçado ainda o Marão constitui um perigoso ponto de passagem, somando acidentes entre Amarante e Vila Real.
Foi recentemente adjudicada a obra de prolongamento da A4 (duplicação do IP4) entre Amarante e Vila Real, de onde será alargada até Bragança e a fronteira de Quintanilha, ganhando o distrito de Bragança a sua primeira auto-estrada. O Marão será atravessado pelo maior túnel rodoviário do país, e um dos maiores da Península Ibérica.

Vila Real




Vila Real é uma cidade portuguesa, capital do Distrito de Vila Real, na Região Norte e sub-região do Douro, com cerca de 25 000 habitantes .
É sede de um
município com 377,08 km² de área e aproximadamente 50 000 habitantes (2006), subdividido em 30 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Ribeira de Pena e de Vila Pouca de Aguiar, a leste por Sabrosa, a sul pelo Peso da Régua, a sudoeste por Santa Marta de Penaguião, a oeste por Amarante e a noroeste por Mondim de Basto.
Crescida num planalto situado na confluência dos rios
Corgo e Cabril, a cidade está enquadrada numa bela paisagem natural (Escarpas do Corgo), tendo como pano de fundo as serras do Alvão e, mais distante, do Marão. Ao longo de mais de setecentos anos de existência, Vila Real ganhou os contornos que tem hoje, uma cidade de belos monumentos, onde se destacam os templos e as casas nobres, com os seus brasões bem à vista, algo que levou a que, outrora, fosse conhecida como a Corte de Trás-os-Montes.


A região de Vila Real possui indícios de ter sido habitada desde o paleolítico. Vestígios de povoamentos posteriores, como o Santuário Rupestre de Panóias, revelam a presença romana. Porém com as invasões bárbaras e muçulmanas verifica-se um despovoamento gradual.
Nos finais do
século XI, em 1096, o conde D. Henrique atribui foral a Constantim de Panóias, como forma de promover o povoamento da região. Em 1272, como novo incentivo ao povoamento, atribuiu D. Afonso III foral para a fundação — sem sucesso — de uma Vila Real de Panoias, que alguns autores[5] defendem ter sido prevista para um local diferente do actual (provavelmente o lugar da Ponte na freguesia de Mouçós). Somente em 1289, por foral do rei D. Dinis, é fundada efectivamente a Vila Real de Panóias, que se tornará a cidade actual. No entanto, ao que parece[6], já em 1139 se chamava «Vila Rial» ao promontório onde nasceu a Vila Real actual, na altura pertencente à freguesia de Vila Marim.
A localização privilegiada, no cruzamento das estradas
Porto-Bragança e Viseu-Chaves, permite um crescimento sustentado. A presença, a partir do século XVII, da Casa dos Marqueses, faz com que muitos nobres da corte também se fixem. Facto comprovado pelas inúmeras pedras-de-armas com os títulos de nobreza dos seus proprietários que ainda hoje se vêem na cidade.
Com o aumento da população, Vila Real adquiriu, no
século XIX, o estatuto de capital de distrito e, já no século XX, o de capital de província. Em 1922 foi criada a diocese de Vila Real, territorialmente coincidente com o respectivo distrito, por desanexação das de Braga, Lamego e Bragança-Miranda, e em 1925 a localidade foi elevada a cidade.
Conheceu um grande incremento com a criação da
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em 1986 (embora esse já viesse a acontecer desde 1979, com o Instituto Universitário de Trás-os-Montes e Alto Douro, sucessor do Instituto Politécnico de Vila Real, criado em 1973), que contribuiu para o aumento demográfico e revitalização da população.
Nos últimos anos, foram criados em Vila Real vários equipamentos culturais, que trouxeram novo dinamismo à cidade, como o Teatro de Vila Real e o Conservatório de Música, e a transferência da Biblioteca Municipal e do Arquivo Municipal para edifícios específicos para esse fim. Foram também valorizadas várias áreas da cidade, como o antigo Bairro dos Ferreiros e a área envolvente do Rio Corgo.
Actualmente, Vila Real vive uma fase de crescente desenvolvimento, a nível industrial, comercial e dos serviços, com relevo para a saúde, o ensino, o turismo, etc, apresentando-se como local de eleição para o investimento externo.


Vias de Comunicação
Vila Real é uma cidade estrategicamente colocada no interior Norte de
Portugal, sendo servida por excelentes vias de comunicação que a ligam ao resto do País e a Espanha
A24 - Liga a Chaves (e daí à fronteira com a Galiza, Espanha), a norte, e a Viseu, a sul.
A7 - Ligação indirecta à região do Minho (Braga, Guimarães, etc.), a partir de Vila Pouca de Aguiar
IP4 - Liga ao Porto, a oeste, e a Bragança, a nordeste (e daí à fronteira com Espanha).
A4 - De Amarante para oeste o IP4 tem estatuto de auto-estrada.
Prevista a conversão em auto-estrada (A4) do restante percurso do IP4 (Amarante-Vila Real-Bragança).
Outras estradas nacionais importantes, nomeadamente a
EN2 (que perdeu importância nas deslocações a média/longa distância após a conclusão da A24).

Aéreos
A cerca de 4km da cidade o Aeródromo Municipal de Vila Real possui 950x30m com pista em asfalto. Tem ligações aéreas diárias para
Lisboa e Bragança.



Ferroviários
Passa na cidade a linha do Corgo, extinto o percurso Vila Real-Chaves desde 1991, mantem-se activa a linha Vila Real-Régua, esta troço também tem fins turisticos.

Autocarros urbanos
A Corgobus é a empresa que explora a rede de transportes urbanos da cidade de Vila Real.
Iniciou a actividade em Novembro de 2004, com 4 linhas (L1-4) a funcionarem em regime diurno nos dias úteis e aos sábados de manhã, abrangendo quase totalmente a zona urbana da cidade e algumas zonas suburbanas (Zona Industrial de Constantim, Hospital / Lordelo, Parada de Cunhos). A rede foi desde o início sendo sujeita a pequenos ajustes, o mais significativo dos quais foi a criação de um pequeno ramal (L5), de horário muito restrito.
Em Fevereiro de 2008 a rede e o horário de funcionamento foram alargados: todas as linhas (com excepção do ramal L5) passaram a funcionar também ao sábado à tarde, com uma variante da linha 1 a operar aos domingos e feriados, surgindo ainda uma linha circular de serviço nocturno (LN) até à meia-noite.

Principais Distâncias
Aeroporto Francisco Sá Carneiro Portugal - 100 Km
Porto Portugal - 97 Km
Lisboa Portugal - 411 Km
Braga Portugal - 100 Km
Chaves Portugal - 68 Km
Bragança Portugal - 120 Km
Viseu Portugal - 90 Km
Madrid Espanha - 520 Km




Lenda e origem da palavra Aleu
No Grande Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora, a palavra aleu apresenta como significado «vara» e, em sentido figurado, «alívio», «descanso». No mesmo dicionário diz-se que a sua origem é obscura; porém, existe em latim o termo aleo, aleonis, que significa «jogador» e que poderá estar na origem da palavra aléu, que se encontra inscrita no brasão da cidade de Vila Real.
Segundo uma lenda, durante o reinado de D. João I (ou de D. Dinis), estaria um grupo de rapazes em Vila Real a jogar o jogo da choca (uma espécie de hóquei, mas sem patins e cuja bola é uma pedra, diz-se na mesma lenda), com um pau a que davam o nome de "aleo". O rei terá criticado a sua despreocupação, num momento de perigo, em que estavam a entrar em guerra. Um dos rapazes teria respondido que com o mesmo aléu com que jogavam a choca tratariam dos inimigos. Satisfeito com a resposta, o rei mandou que a palavra aléu fosse inscrita no brasão da cidade.
A palavra aleu está ainda ligada ao hóquei em patins. Transcrevo um pequeno excerto do regulamento do hóquei:
«Art.º 2.º – Condições para a realização do jogo Os jogos realizam-se na maior parte das condições de tempo, ao ar livre, de dia ou de noite (com luz artificial), ou em pistas cobertas, tendo como instrumentos de jogo, uma bola, um aleu ("stick") e duas balizas.»
Numa outra página, diz-se «A arte de jogar com um aleu e uma bola sobre patins foi iniciada no distrito, precisamente na cidade-capital em 1932.»
Sem um contexto é, pois, difícil dizer-lhe qual o significado da palavra que ouve em Vila Real, até porque se trata de um termo, ao que parece, um pouco comum nessa cidade, onde há um grupo de cantares aleu, além de vários produtos característicos da cidade, ou da região, com o mesmo nome.
A varias lendas sobre a origem da palavra sendo esta mais veridica.




Edifícios
A Torre de Quintela (torre do século XIII)
Património histórico edificado:
Capela da Misericórdia
Capela de São Brás e o túmulo de Teixeira de Macedo
Capela do Espírito Santo ou Capela do Bom Jesus do Hospital
Casa de Diogo Cão, construída na segunda metade do século XV e onde, supostamente, nasceu o navegador, Diogo Cão, que descobriu a foz do rio Zaire
Casa de Carvalho Araújo, (onde este viveu durante a sua infância) importante marinheiro que se destacou na sua profissão por ter impedido que o barco que escoltava (o vapor S. Miguel) fosse afundado por um submarino alemão, sacrificando o draga minas que comandava (NRP Augusto de Castilho) e a sua propria vida.
Casa dos Brocas, construída pelo avô de
Camilo Castelo Branco e onde este residiu durante algum tempo
Casa dos Marqueses de Vila Real, com uma bela janela em
estilo manuelino, onde estes residiram até caírem em desgraça devido ao seu envolvimento na conjura contra D. João IV, em 1641
Igreja de São Domingos/Sé de Vila Real
Igreja de São Pedro
Igreja de Bom Jesus do Calvário
Igreja dos Clérigos/Capela Nova, de traço barroco, cuja autoria é atribuída a
Nicolau Nasoni
Pelourinho de Vila Real
Solar de Mateus, este já na freguesia com o mesmo nome, cujo o autor é Nicolau Nasoni
Torre de Quintela, localizada na freguesia de Vila Marim
Vários solares brasonados que existem na parte mais antiga da cidade

Museus
Museu de Arqueologia e Numismática de Vila Real, que possui uma grande colecção de moedas romanas, gregas, visigóticas...
Museu de Geologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Museu Etnográfico de Vila Real
Museu do Som e Imagem
Museu da Vila Velha




Percursos
Na cidade, vários percursos de interesse são a Vila Velha, parte mais antiga da cidade, onde se podem ver as escarpas escavadas pelos rios; toda a parte da cidade que se expandiu para fora dos muros antigos; a Avenida Carvalho Araújo e a Rua Direita. O percurso ao longo do
Rio Corgo é também interessante de ser feito. O percurso em comboio histórico na linha do Corgo, entre Peso da Régua e Vila Real, desenvolvendo-se na margem esquerda do rio Corgo, onde se localiza um grande número de quintas de vinho do Porto e seus vinhedos.

Artesanato

Barro preto - Bisalhães

Barro preto - Artesão - Bisalhães
Típico de Vila Real, o barro preto de Bisalhães é um dos seus principais produtos de artesanato, destacando-se de entre as várias a chamada “Bilha dos Segredos”; também se destaca o linho de Agarez e a tecelagem.

Gastronomia
A gastronomia vilarealense é rica em doces conventuais, como os ”Toucinho do Céu”, os “Pitos de Santa Luzia”, as “Ganchas de S. Brás”. Estes dois últimos têm uma tradição: no dia 13 de Dezembro, as raparigas compram pitos para oferecer aos rapazes, e dia 3 de Fevereiro, dia de S. Brás, os rapazes retribuem, oferecendo a gancha. Como pratos típicos, servem-se em Vila Real, tripas aos molhos, cabrito assado com arroz de forno, vitela assada (Maronesa), joelho da porca e diversos pratos de bacalhau, etc. Tradicionais são também as bolas de carne, os covilhetes, as cristas de galo, as tigelinhas de laranja e os cavacórios.




Locais de interesse arqueológico
Mamoas de Justes, sepulturas megalíticas
Mão do Homem, um altar rupestre, presente em Adoufe
Necrópole de S. Miguel da Pena, um santuário proto-histórico, na serra do Alvão, na aldeia da Pena
Santuário de Panóias, um santuário rupestre da época romana, único na Península Ibérica, localizado em Vale de Nogueiras

Natureza
Devido à sua situação geográfica, há vários locais a visitar: as Serras do
Marão e do Alvão (Parque Natural do Alvão), sendo que na primeira vale a pena observar a vista do alto desta, e na segunda, as aldeias de Vila Marim e Lamas de Olo, perto da qual se encontra a barragem com o mesmo nome.

Tradições e Festividades
São Brás, dias 2 e 3 de Fevereiro
São Lázaro, no Domingo anterior ao Domingo de Ramos
Semana Académica, em Maio
Santo António, padroeiro da cidade, dia 13 de Junho (feriado municipal)
São João,dia 24 de Junho, com arraiais por toda a cidade
São Pedro, dias 28 e 29 de Junho, em que se realizam a tradicional Feira dos Pucarinhos, onde se vendem objectos de barro preto
Procissão do
Corpo de Deus, em Junho
Nossa Senhora de Almodena, dia 8 de Setembro
Nossa Senhora da Pena, no segundo fim de semana de Setembro
Santa Luzia, dia 13 de Dezembro
Semana do Caloiro, em Outubro ou Novembro
Semana Académica, no fim de Abril




Circuito Internacional de Vila Real
Vila Real é uma das cidade portuguesas com mais tradições no Desporto Automóvel, realizando corridas urbanas desde 1931 até 1991, com alguns interregnos, tendo atingido os seus pontos mais altos nas décadas de 60 e 70, com inúmeras corridas internacionais de grande prestígio, nas quais participaram alguns dos mais importantes pilotos estrangeiros, que vieram a obter os melhores lugares em diversos Campeonatos Mundiais.
As chamadas “Corridas de Vila Real”, constituíram durante muitos anos o mais importante cartaz turístico de Vila Real, sendo sem dúvida a marca distintiva desta Cidade no panorama Nacional e Internacional.
Este circuito nasceu em 1931, após alguns anos de preparação, pela vontade de um grupo de entusiastas locais liderados por Aureliano Barrigas, aproveitando as características de algumas estradas que ligavam o centro de Vila Real às imediações do famoso
Palácio de Mateus, estabelecendo assim um primeiro circuito com 7.150 m, que com algumas ligeiríssimas alterações e algumas interrupções, nomeadamente durante a 2ª guerra mundial e na crise petrolífera de meados dos anos 70, manteve-se até 1991.
Em Julho de 1991 o piloto Pedro Carvalho despistou-se na chamada "curva da Ford", na zona da
Araucária, provocando quatro mortos entre a assistência e ferimentos graves em diversos espectadores. Este acidente originou a suspensão das provas automobilísticas.
Em 2007 as provas foram retomadas nos dias 5 a 7 de Outubro, num novo traçado que não incluiu a zona onde ocorreu o acidente.
Em 2008 realizaram-se em 21 e 22 de Junho.

Educação
Ao nível de Ensino Superior, Vila Real possui uma Universidade (
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro) e uma Escola Superior de Enfermagem.
Ao nível do Ensino Secundário, existem três escolas: Escola Secundária Camilo Castelo Branco (ex-Liceu), Escola Secundária de São Pedro (ex-Escola Industrial e Comercial) e Escola Secundária Morgado de Mateus.
Ao nível do Segundo e Terceiro Ciclos do Ensino Básico existem duas escolas: Escola EB2/3 Diogo Cão (ex-Ciclo Preparatório) e Escola EB2/3 Monsenhor Jerónimo do Amaral.

Clima
Devido à sua situação geográfica (as Serras do Marão e Alvão actuam como barreiras naturais), Vila Real tem um clima de extremos: tem um Inverno bastante prolongado, sendo o frio constante, chegando as temperaturas frequentemente abaixo dos 0°C; é comum nevar pelo menos uma vez por ano. O Verão é bastante quente. Os dias intermédios são raros, sendo as diferenças de temperatura bastante bruscas. Estas características deram origem ao provérbio
“Nove meses de Inverno, três meses de inferno”.

Região vinhateira


A Região Vinhateira do Alto Douro ou Alto Douro Vinhateiro é uma área do nordeste de Portugal com mais de 26 mil hectares, classificada pela UNESCO, em 14 de Dezembro de 2001, como Património da Humanidade, na categoria de paisagem cultural e rodeada de montanhas que lhe dão características mesológicas e climáticas particulares
Esta região, que é banhada pelo
Rio Douro e faz parte do chamado Douro Vinhateiro, produz vinho há mais de 2000 anos, entre os quais, o mundialmente célebre vinho do Porto.
A longa tradição de viticultura produziu uma paisagem cultural de beleza excepcional que reflecte a sua evolução tecnológica, social e económica.
A área classificada engloba 13 concelhos:
Mesão Frio, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Vila Real, Alijó, Sabrosa, Carrazeda de Ansiães, Torre de Moncorvo, Lamego, Armamar, Tabuaço, S. João da Pesqueira e Vila Nova de Foz Côa, e representa dez por cento da Região Demarcada do Douro.

O vinho do Porto é um vinho natural e fortificado, produzido exclusivamente a partir de uvas provenientes da região demarcada do Douro, no norte de Portugal a cerca de 100 km a leste do Porto. Régua e Pinhão são os principais centros de produção, mas algumas das melhores vinhas ficam na zona mais a leste.
Apesar de produzida com uvas do
Douro e armazenada nas caves de Vila Nova de Gaia, esta bebida alcoólica ficou conhecida como "Vinho do Porto" a partir da segunda metade do século XVII por ser exportada para todo o mundo a partir desta cidade.
A "descoberta" do Vinho do Porto é polémica. Uma das versões, defendida pelos produtores da
Inglaterra, refere que a origem data do século XVII, quando os mercadores britânicos adicionaram brandy ao vinho da região do Douro para evitar que ele azedasse. Mas o processo que caracteriza a obtenção do precioso néctar era já conhecido bem antes do início do comércio com os ingleses. Já na época dos Descobrimentos o vinho era armazenado desta forma para se conservar um máximo de tempo durante as viagens. A diferença fundamental reside na zona de produção e nas castas utilizadas, hoje protegidas. A empresa Croft foi das primeiras a exportar vinho do Porto, seguida por outras empresas inglesas e escocesas.
O que torna o vinho do Porto diferente dos restantes vinhos, além do clima único, é o facto de a
fermentação do vinho não ser completa, sendo parada numa fase inicial (dois ou três dias depois do início), através da adição de uma aguardente vínica neutra (com cerca de 77º de álcool). Assim o vinho do Porto é um vinho naturalmente doce (visto o açúcar natural das uvas não se transformar completamente em álcool) e mais forte do que os restantes vinhos (entre 18 e 22º de álcool).
Fundamentalmente consideram-se três tipos de vinhos do Porto: Branco, Ruby e Tawny.

Porto Branco
O vinho do Porto branco é feito exclusivamente a partir de uvas brancas e envelhece em grandes balseiros de madeira de
carvalho (20 mil e mais litros). Tipicamente vinhos do Porto brancos são vinhos jovens e frutados (não menosprezando as reservas) e são o único vinho de Porto que se categoriza quanto à sua doçura. Há assim brancos secos, meios-secos e doces. Ainda assim, e devido à forma como o Porto é produzido, o vinho praticamente nunca é completamente seco, guardando sempre alguma da sua doçura inicial, sendo por isso comum encontrarem-se brancos "secos" com alguma doçura.

Porto Ruby
Os Ruby são vinhos tintos que também envelhecem em balseiros. Devido ao baixo contacto com a madeira (porque a relação superficíe/volume é pequena) conservam durante mais tempo as suas características iniciais, devido à baixa oxidação. São assim vinhos muito frutados de cor escura (rubi), com sabores a frutas vermelhas (frutos silvestres ou ameixas por exemplo) e com caracterísiticas de vinhos jovens. Neste tipo de vinhos, por ordem crescente de qualidade, inserem-se as categorias Ruby, Reserva, Late Bottled Vintage (LBV) e Vintage. Os vinhos das melhores categorias, principalmente o Vintage, e em menor grau o LBV, poderão ser guardados, pois envelhecem bem em garrafa.
[1]

Porto Tawny
Os Tawny são também vinhos tintos, feitos aliás das mesmas uvas que os Ruby, mas que apenas envelhecem dois a três anos nos balseiros, passando depois para as pipas de 550 litros. Estas permitem um mais elevado contacto do vinho com a madeira e daí com o ar. Assim os Tawny respiram mais, oxidando e envelhecendo rapidamente. Devido à elevada oxidação os Tawny perdem a cor inicial dos vinhos tintos, ganhando tons mais claros como o
âmbar, e sabores a frutos secos como as nozes ou as amêndoas. Com a idade os Tawny ganham ainda mais complexidade aromática, enriquecendo os aromas de frutos secos e adquirindo aromas de madeira, tostado, café, chocolate, mel, etc.
As categorias existentes são: Tawny, Tawny Reserva, Tawny com Indicação de Idade (10 anos, 20 anos, 30 anos e 40 anos) e Colheita. São vinhos de lotes de vários anos, excepto os Colheita, que se assemelham a um Tawny com Indicação de Idade com o mesmo tempo de envelhecimento.
Nos vinhos tawny muito velhos a cor vermelha inicial(rubi)dos vinhos novos vai desaparecendo e passa a tonalidades vermelho acastanhadas, dourada a âmbar.
Contrariamente aos vinhos tintos, no vinho do Porto branco, novo de cor normalmente amarelo palha, com o envelhecimento os vêm a adquirir cada vez mais cor, aparecendo os amarelo/dourado a amarelo/acastanhado e já nos vinhos brancos muito velhos a sua côr chega ao âmbar, confundindo-se com a dos vinhos tintos também muito velho


Categorias Especiais

Envelhecimento do vinho do Porto em cascos de madeira (pipas) na adega da Taylor´s em Vila Nova de Gaia.
O vinho do Porto que envelhece até três anos é considerado standard. Todos os outros vinhos que fiquem mais tempo a envelhecer na madeira pertencem a categorias especiais, quer porque as uvas que lhe deram origem são de melhor qualidade, quer por terem sido produzidos num ano excepcionalmente bom em termos atmosféricos. Assim, entre as categorias especiais, é comum encontrar os Reserva, os LBV, os Tawnies envelhecidos e os Vintage, e, menos regularmente, os colheita.

Reserva
O Vinho do Porto Reserva é produzido a partir de uvas seleccionadas de grande qualidade, e tanto pode ser branco como tinto. Em geral, ficam sete anos em maturação dentro da madeira, sendo depois engarrafados. Estes vinhos devem ser tratados da mesma forma que os standard, isto é, não envelhecem dentro da garrafa (por isso, esta deve ser mantida sempre na vertical) e após a sua abertura podem ser consumidos num prazo não superior a seis meses. Os Reservas têm a particularidade de poderem ser bebidos quer como aperitivo quer como vinho de sobremesa. Se se escolher beber antes das refeições, aconselha-se a que se sirva fresco, mesmo tratando-se de um reserva tinto. Dentro dos Reserva distinguem-se os Reserva Tawny, que apresentam uma cor tinta aloirada, com os aromas de frutos secos, torrefacção e madeira, resultantes do estágio mínimo obrigatório de sete anos em madeira, a complementarem-se com alguns aromas remanescentes de fruta fresca. Na boca, já é notória a macieza característica dos vinhos envelhecidos em casco. Por sua vez os Reserva Ruby, resultantes de lotes mais jovens que originam um vinho de cor tinta, com aromas intensos e frutados, são vinhos encorpados e adstringentes mas menos do que os Vintage e os LBV. Existe ainda o Reserva Branco, que é um Vinho do Porto branco de muito boa qualidade obtido por lotação e que estagiou em madeira pelo menos sete anos, apresentando tonalidades douradas, boa complexidade de aroma onde é notório o envelhecimento em madeira e sabor persistente.

LBV

Porto LBV
Os vinhos do Porto LBV (sigla de Late Bottled Vintage) têm o aspecto de vinhos tintos Ruby (cores vermelho carregado e sabores frutados) e são produzidos a partir de uma só colheita excepcionalmente boa. Envelhecem de quatro a seis anos dentro dos balseiros, e depois de engarrafados continuam a sua evolução, ainda que não muito significativa. Por isso, as garrafas de LBV são diferentes, pois a rolha é inteira (ou seja, não tem a habitual tampa de plástico no topo), significando que a garrafa deve ser mantida deitada (para que o vinho humedeça a rolha). Os LBV, ao contrário dos Vintages, podem ser consumidos logo após o engarrafamento, pois a sua evolução na garrafa é muito pequena. Os LBV eliminam assim a desvantagem dos Vintages em relação ao tempo de espera antes do consumo, e ainda que não seja um Vintage verdadeiro, possuí muitas das suas características, e oferece uma ideia bastante próxima da experiência de beber um.

Tawnies envelhecidos
Como o próprio nome indica, estes vinhos envelhecem dentro de cascos de carvalho durante mais tempo do que os normais três anos. Existem, assim, os Tawny 10 anos, 20 anos, 30 anos e 40 anos, sendo que quanto mais velhos eles forem, mais claras se tornam as suas cores e mais complexos e licorosos ficam os seus sabores: mel, canela, chocolate, madeira... O rasto deixado por estes vinhos na boca do provador é inconfundível. Os Tawnies envelhecidos encontram-se entre os Vinhos do Porto mais caros do mercado.

Colheita
Não é muito habitual encontrar Vinhos do Porto com esta designação, já que por apresentarem características muito próximas às dos Tawnies envelhecidos, têm vindo a ser cada vez mais preteridos pelas empresas de Vinho do Porto.
Vinho de elevada qualidade proveniente de uma só colheita. Estagia em madeira durante períodos de tempo variáveis, nunca inferiores a 7 anos.
No rótulo, a palavra colheita é sempre seguida do respectivo ano, que foi considerado excepcionalmente bom para a produção de Vinhos do Porto Tawny. O vinho estagia cerca de 12 anos dentro de cascos de madeira, e apresenta cores claras, um acastanhado dourado, quase âmbar. O sabor de um colheita é muito semelhante ao de um Tawny 10 ou 20 anos, mas logicamente mais rico e elegante.
Durante o envelhecimento em casco, os aromas jovens, frutados e frescos, evoluem por via oxidativa, dando lugar a um bouquet em que sobressaem os aromas de frutos secos, aromas de torrefacção, madeira e especiarias. No decurso do envelhecimento, vão aumentando a macieza, a harmonia e complexidade do bouquet. A cor evolui para o alourado, notando-se mesmo reflexos esverdeados nos vinhos muito velhos. Vinho de elevada qualidade obtido por lotação de vinhos de colheitas de diversos anos, de forma a obter-se uma complementaridade de características organolépticas. Estagia em madeira durante períodos de tempo variáveis, nos quais a idade mencionada no rótulo corresponde à média aproximada das idades dos diferentes vinhos participantes no lote e exprime o carácter do vinho no que respeita às características conferidas pelo envelhecimento em casco. Assim, um vinho 10 anos revela uma cor, um aroma e um sabor típicos de um vinho que permaneceu durante 10 anos em casco. Tal como os vinhos Data de Colheita, apresentam um característico bouquet de oxidação que se traduz em aromas de frutos secos, torrefacção e especiarias, mais evidentes nos vinhos com mais idade. Na boca, revelam-se vinhos macios e harmoniosos, com um aroma muito persistente. O Colheita 1994 é famoso por ter sido produzido num dos melhores anos de sempre para os vinhos do Porto.

Vintage
A designação Vintage é a classificação mais alta que pode ser atribuída a um vinho do Porto. Considera-se Vintage o vinho do Porto obtido da colheita de um só ano, e é uma denominação atribuída apenas em anos considerados de excepcional qualidade.
Sofrem um envelhecimento em casco por um período máximo de dois anos e meio, sendo posteriormente envelhecidos em garrafa.
O seu potencial de envelhecimento é enorme sendo por isso recomendável a sua guarda por um período nunca inferior a 3/4 anos em garrafa. Este vinho deve-se tomar só depois das refeições e pequenas quantidades. Com o envelhecimento em garrafa torna-se suave e elegante, desaparecendo gradualmente a adstringência inicial. Adquire, por isso, um aroma equilibrado, complexo e muito distinto. Aos Vintage com alguns anos em garrafa estão associados aromas de torrefacção (chocolate, cacau, café, caixa de charutos, etc.), aromas de especiarias (canela, pimenta,...) e, por vezes, aromas frutados.

Referências
1,0 1,1 Instituto dos Vinhos do Douro e Porto - Vinhos do Porto
O vinho possui uma longínqua importância histórica e religiosa e remonta diversos períodos da humanidade. Cada cultura conta seu surgimento de uma forma diferente. Os cristãos, embasados no Antigo Testamento, acreditam que foi Noé quem plantou um vinhedo e com ele produziu o primeiro vinho do mundo ("E começou Noé a cultivar a terra e plantou uma vinha." Gênesis, capítulo 9, versículo 20). Já os gregos consideraram a bebida uma dádiva dos deuses. Hititas, babilônicas, sumérias, as histórias foram adaptadas de acordo com a tradição e crença do povo sob perspectiva.
Do ponto de vista histórico, sua origem precisa é impossível, pois o vinho nasceu inclusive antes da escrita. Os enólogos dizem que a bebida surgiu por acaso, talvez por um punhado de uvas amassadas esquecidas num recipiente, que sofreram posteriormente os efeitos da fermentação. Mas o cultivo das videiras para a produção do vinho só foi possível quando os nômades se tornaram sedentários.

[editar] Entre os egípcios
Especulações à parte, os egípcios foram os primeiros a registrar em pinturas e documentos (datados de 1000 a 3000 a.C.) o processo da vinificação e o uso da bebida em celebrações. Os faraós ofereciam vinhos e queimavam vinhedos aos deuses; os sacerdotes usavam-nos em rituais; os nobres, em festas de todos os tipos; as outras classes eram financeiramente impossibilitadas de sua compra. O consumo de vinho aumentou com o passar do tempo e, junto com o azeite de oliva, foi um grande impulso para o comércio egípcio, tanto o interno quanto externo. Os primeiros enólogos foram egípcios.
A partir de 2500 a.C., os vinhos egípcios foram exportados para a Europa Mediterrânea, África Central e reinos asiáticos. Os responsáveis por essa propagação foram os fenícios, povo oriundo da Ásia Antiga e natos comerciantes marítimos. Em 2 mil a.C., chegaram à Grécia.

[editar] Na Grécia

DionísioBaco, deus do vinho (s. II, Prado, Madrid).
Cultivado ao longo da costa do Mediterrâneo, o vinho seria cultural e economicamente vital para o desenvolvimento grego.
No mundo mitológico, Dionísio, filho de Zeus e membro do 1o escalão do Olimpo, era o deus das belas artes, do teatro e do vinho. Com ênfase no vinho, a bebida tornou-se mais cultivada e cultuada do que jamais fora no Egito, sendo apreciada por todas as classes.
A partir de 1000 a.C., os gregos começam a plantar videiras em outras regiões européias. A bebida embriagou a Itália, Sicília, seguindo à península Ibérica. Os gregos fundaram Marselha e comercializaram o vinho com os nativos, sendo este o primeiro contato entre a bebida e a futura França.
É interessante constatar que, para o gosto contemporâneo, o vinho daquela época era, no mínimo, grotesco. Homero o descreveu delicado e suave, mas apesar do romantismo e das tradições festivas que a bebida evocou na época, o vinho da Antiguidade "era ingerido com água do mar e reduzido a um xarope tão espesso e turvo que tinha que ser coado num pano e dissolvido em água quente", afirma o historiador inglês e enólogo Hugh Johnson, autor do livro A História do Vinho (Companhia das Letras).
Depois da Grécia, o vinho foi parar em outra grande civilização.

[editar] Em Roma
Fundada em 753 a.C., Roma era inicialmente uma vila de pastores e agricultores. A partir do século VI a.C., começou a se expandir e, já em 146 a.C., a península Itálica, o Mediterrâneo e a Grécia estavam anexados ao seu território.
Os vinhedos eram cultivados em áreas interioranas e regiões conquistadas. Os romanos levavam o vinho quase como uma “demarcação de território”, uma forma de impor seus costumes e sua cultura nas áreas que conquistavam. Dessa forma, o vinho terminou virando a bebida dos legionários, dos gladiadores, das tabernas enfurnadas de bravos guerreiros. Junto com os romanos, os vinhedos chegaram à Grã-Bretanha, à Germânia e, por fim, à Gália ― que mais tarde viria se chamar França, o lar do vinho.
Diferentemente do que se leu nas histórias de Asterix, Roma não tardou em conquistar toda a região da Gália. Sob o comando do imperador Júlio César, enfrentaram os gauleses e, seguindo pelo vale do Rhône, chegaram até Bordeaux. A disseminação das videiras pelas outras províncias gaulesas foi imediata, e pode ser considerada um dos mais importantes fatos na história do vinho. Nos séculos seguintes, cidades como Borgonha e Tréveris surgiram como centros de exportação de vinhos, que inclusive eram superiores aos importados.
A predileção da época era pelo vinho doce. Os romanos colhiam as uvas o mais tardar possível, ou adotavam um antigo método, colhendo-as imaturas e deixando-as no Sol para secar e concentrar o açúcar.
Diferente dos gregos, que armazenavam a bebida em ânforas, o processo romano de envelhecimento era moderno. O vinho era guardado em barris de madeira, o que aprimorava o sabor do vinho (o mesmo ainda é feito no cultivo das videiras ao sul da Itália e de Portugal). Ao lado do Império, o vinho atingiu o apogeu nos séculos I e II. Infelizmente, não foi algo muito duradouro.
Na mesma época, as hordas bárbaras que atacavam Roma aumentavam, e as guerras se tornaram incessantes, fazendo declinar o Império. Sua divisão em duas partes, a Ocidental (sede em Roma) e Oriental (sede em Constantinopla) piorou o controle da situação política e econômica, defasando vários setores. O vinho importado se tornou superior, diminuindo o lucro dos vinhedos romanos e tornando a vinicultura interna cara e fraca. As inúmeras baixas do exército e a constante perda de terras fizeram o Império Romano respirar com dificuldade. Em 476, após a queda do último imperador, o Império Romano Ocidental deu o último suspiro. Mas o vinho já não fazia parte de Roma. Era maior, assumira vida própria.

[editar] Na Idade Média
Sucedendo a queda romana, uma grande crise abateu a Europa. Províncias foram reduzidas a reinos de futuro impreciso que se relacionavam mal, causando grande instabilidade econômica. A produção do vinho sofreu então um retrocesso neste continente. Já não envelhecia mais em barris de boa madeira, o que implica no aumento do tempo de oxidação da bebida. Como conseqüência, seu consumo tinha que ser imediato, perdendo a áurea de fineza dos vinhos antigos. A vinicultura somente voltaria a ser beneficiada com o surgimento de um grande poder religioso: a Igreja Católica.
Desde o século IV, quando o imperador romano Constantino converteu-se ao cristianismo, a Igreja fortaleceu-se como instituição. Foi considerada a detentora da verdade e da sabedoria. O simbolismo do vinho na liturgia católica não poderia ter enfoque maior: era o sangue de Cristo. A Igreja começou a se estabelecer como proprietária de extensos vinhedos nos mosteiros das principais ordens religiosas da Europa. Os mosteiros eram recantos de paz, onde o vinho era produzido para o sacramento da eucaristia e para o próprio sustento dos monges. Importantes mosteiros franceses se localizavam em Borgonha e Champagne, regiões que foram e são “nascentes” de vinhos de qualidade. A bebida também se sobressaiu no setor médico: acreditava-se que vinho aromatizado possuía propriedades curativas contra diversas doenças. Com o aprimoramento das receitas, surgiram outros vinhos além do tinto, como os brancos, rosés e espumantes.
Por volta do século XIII, as cruzadas católicas livraram o Mar Mediterrâneo do monopólio árabe, possibilitando a exportação do vinho pelas vias marítimas.

[editar] Na Idade Moderna
Com as grandes navegações, o continente americano recebeu os vinhedos durante o período de colonização espanhola. Cristóvão Colombo trouxe uvas às Antilhas em 1493, e após a adaptação às terras tropicais, as videiras foram exportadas para o México, os Estados Unidos e as colônias espanholas na América do Sul.

[editar] Nos tempos atuais
Já com a Revolução Industrial, no século XVIII, o vinho perdeu muito em qualidade, porque passou a ser fabricado com técnicas bem menos rústicas, para possibilitar sua produção em massa e venda barata. Embora as antigas tradições tentassem ser preservadas em regiões interioranas francesas, italianas e alemãs, a produção vinícola sofreu modificações irremediáveis para adaptar-se ao mundo industrializado.
No século XX, a vitivinicultura evoluiu muito, acompanhando os avanços da tecnologia e da genética. O cruzamento genético das cepas das uvas, a formação de leveduras transgênicas e a produção mecanizada elevaram substancialmente a qualidade e o sabor do vinho, feito sob medida para agradar qualquer paladar.

[editar] Portugal

Um dos vinhos portugueses mais célebres e de grande exportação é o Vinho do Porto.
A introdução da produção vinícola em Portugal continua encoberta por questões ainda não resolvidas em termos de investigação. A primeira referência existente ao consumo de esta bebida fermentada no território em que hoje está localizado Portugal é de Estrabão, que em sua obra, Geographia, observa que os habitantes do Noroeste da Península Ibérica já consumiam vinho, embora de forma bárbara (Livro III).
A primeira referência à produção vinícola em Portugal é de 989, provindo do Livro de Datas do Convento de Fiães, sendo a zona do Douro a mais antiga região demarcada no mundo.
Os vinhos portugueses sempre caracterizaram-se por uma grande variedade de uvas regionais, o que dá um sabor especial ao produto de cada região.
Durante o governo de Salazar, foi incentivado o cultivo de uvas mais comerciais, sendo que, após a Revolução dos Cravos (1974) se voltou a incentivar o cultivo das variedades regionais.

[editar] Brasil
A história do vinho no Brasil inicia-se com o descobrimento, em 1500, pelo navegador português Pedro Álvares Cabral. [1] indicam que as treze caravelas que partiram de Portugal carregavam pelo menos 65 mil litros de vinho, para consumo dos marinheiros.
As primeiras videiras foram introduzidas no Brasil por Martim Afonso de Sousa, em 1532, na capitania de São Vicente. As cultivares, que posteriormente se espalhariam por outras regiões do Brasil, eram da qualidade Vitis vinifera (ou seja, adequadas para a produção de vinho), oriundas de Portugal e da Espanha.
No mesmo ano, o fundador da cidade de Santos, Brás Cubas, foi o primeiro a tentar cultivar videiras de forma mais ordenada. No entanto, da mesma forma que a tentativa precedente, não obteve muito êxito. Em parte, o insucesso da produção de vinhos deu-se pelo protecionismo comercial exercido por Portugal, tendo a corte inclusive proibido o cultivo de uvas, em 1789.
No Rio Grande do Sul, as primeiras videiras foram introduzidas pelos padres jesuítas ainda em 1626, posto que necessitavam do vinho para os rituais da missa católica. A introdução de cultivares européias no Rio Grande se deu com a chegada dos imigrantes alemães, que obtiveram bons resultados.
As videiras americanas, especialmente das espécies Vitis labrusca e Vitis bourquina (variedades Isabel, Concord e outras) foram importadas em 1840 pelo comerciante Thomas Master, que as plantou na Ilha dos Marinheiros. Estas uvas serviam basicamente para o consumo in natura, na forma da fruta fresca ou passas, mas se adaptaram tão bem ao clima local que logo começaram a ser utilizadas para a produção de vinho.
A viniviticultura gaúcha teve um grande impulso a partir de 1875, com a chegada de imigrantes italianos, que aportaram com videiras trazidas principalmente da região do Vêneto - e uma forte cultura de produção e consumo de vinhos. Apesar do sucesso inicial, as videiras finas não se adaptaram ao clima úmido tropical e foram dizimadas por doenças fungícas. Porém, com a adoção da variedade Isabel, então cultivada pelos colonos alemães no Vale do Rio dos Sinos e no Vale do Caí, deu-se continuidade à produção de vinhos que, embora de qualidade duvidosa, espalhou-se para outras regiões do país, tornando-se base do desenvolvimento da vitivinicultura no Rio Grande do Sul e em São Paulo.
Mas foi somente a partir da década de 1990 que vinhos de maior qualidade passaram a ser produzidos, com crescente profissionalização e a adaptação de uvas finas (Vitis vinifera) ao clima peculiar da Serra Gaúcha. A região produz hoje vinhos de qualidade bastante satisfatória e crescente.
Outra região que está a crescer e a firmar-se como produtora de vinhos é o Vale do São Francisco, situado nos estados de Pernambuco e Bahia. Como em todas as regiões, a viticultura é fundamental desempenhando aqui um factor primordial pois devido às características climáticas, esta região é a única do mundo a produzir vinhos de qualidade oriundos de duas colheitas por ano.
Destaca-se no Brasil a produção de espumantes, que se beneficiam de um clima bastante favorável. Os espumantes brasileiros são hoje classificados como vinhos de boa qualidade, mas ainda carentes de distribuição mundial e reconhecimento.
O consumo vinho no Brasil ainda é muito pequeno e restrito apesar do forte impulso que o mercado recebeu nos últimos 30 anos. O hábito de beber vinho, sempre presente nas mesas mais abastadas e também dos imigrantes europeus, chegou ao brasileiro médio com o início da importação de vinhos europeus entre os anos 70 e 80 dos famosos rieslings de garrafa azul, de baixo custo e, diga-se, de péssima qualidade, mas que caiu no gosto popular. O tempo e a apuração do paladar fez com que o brasileiro passasse a exigir produtos melhores provocando a importação de novos rótulos e maiores cuidados com a produção nacional levando o vinho, de fato, a fazer parte da mesa brasileira.

[editar] Estados Unidos da América
Em 1976, um "julgamento" acontecido em Paris representou uma quebra de paradigma no mapa enólogo do globo terrestre. No "Julgamento de Paris", uma degustação às cegas dos vinhos Norte Americanos, tintos e brancos californianos e dos famosos vinhos franceses resultou na vitória inusitada dos vinhos do Novo Mundo. O julgamento tornou-se um marco na história do vinho, e aconteceu no dia 24 de maio de 1976.
Em 2006, na mesma data, trinta anos depois, o mesmo evento foi repetido em Napa Valley e Londres, as cegas, e novamente mostrou que vinhos de boa qualidade também podem ser encontrados fora do Velho Mundo. Neste ano, em degustação idêntica e com participação dos mesmos 12 representantes americanos e 8 representantes franceses, os vinhos envelhecidos durante os 30 anos que passaram, dos Estados Unidos da América novamente levaram vantagens sobre Bordeaux e Borgonha.

Notas e referências